Transcrição: Juliano de Henrique Mello ERGO FECIT
Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Amém.
Meus filhos, na festa da apresentação do Senhor e da purificação de Nossa Senhora, vemos a manifestação do Filho de Deus como a luz das nações. Põe-se em termo a manifestação do Filho de Deus como luz das nações e dos povos, única.
A profecia diz que “para um povo jazente nas trevas brilhou a luz”. A luz insubstituível que é Deus e vem iluminar o mundo. Glória primária para Israel, que o rejeitou, e depois para todas as nações, como a única saída para que nós não permaneçamos nas trevas do jugo demoníaco, do pecado e dos vícios.
O Significado da Apresentação no Templo
No templo, dois exemplares do Antigo Testamento, Simeão e Ana, reconhecem e proclamam a chegada do Messias. Eles fazem a apresentação e transposição do cumprimento de toda a promessa de Deus, na pessoa de um sacerdote veterotestamentário e de uma viúva.
Ela está como que a dizer: “Israel, ficarás sem esposo. O esposo vos será tirado por vossa dureza de coração e vossa impenitência”. A viúva é a imagem do antigo Israel que ficará viúvo por conta de sua iniquidade. Os seus não o aceitaram, mas no insigne cumprimento da lei divina e das predisposições dadas pelo Antigo Testamento, a Santíssima Mãe de Deus e o Glorioso Patriarca conduzem a luz do mundo, nascido de suas puríssimas entranhas e tutelado pelo último dos Patriarcas.
O Sacerdócio e a Luz da Verdadeira Religião
Simeão, sacerdote justo e fiel, pega o Menino Deus em suas mãos e treme, pois compreende a grandiosidade de sua missão. Quantos sacrifícios oficiara aquele venerável e ancião sacerdote! Mas agora, seus olhos vêem e suas mãos tocam o Salvador.
O sacerdote deve ser aquele que levanta a luz para iluminar o mundo. No entanto, com a rejeição do verdadeiro culto e a adoção de uma “nova religião”, essa luz tem sido obscurecida. A reforma litúrgica distanciou os fiéis da verdadeira luz, substituindo-a por uma imitação estéril. A Santa Missa tradicional, porém, permanece como a única expressão autêntica do sacrifício redentor de Cristo.
O Papel da Santíssima Virgem
Nossa Senhora, no cumprimento da Lei, apresenta-se no templo para ser purificada, embora imaculada. Esse ato de obediência antecipa sua participação no sacrifício de seu Filho.
A profecia de Simeão revela que uma espada transpassará sua alma, unindo-a íntima e dolorosamente à paixão redentora de Cristo. Ela como que ouvirá do sacerdote o seguinte: “Maria, tua dor será tão única que a profecia das lamentações de Jeremias se cumprirá neste dia”.
O Chamado à Fidelidade
Nossos tempos exigem coragem e fidelidade. Devemos romper com as trevas do erro e aderir integralmente à verdade revelada. A luz de Cristo brilha no altar do sacrifício, e somente ali encontramos a verdadeira fé católica. Não podemos permitir que gostos pessoais ou acomodações com o mundo nos desviem da fidelidade à doutrina imutável de Cristo e de Sua Igreja.
Os tempos são de decisão. A Missa de Sempre é a luz. A Missa Nova é trevas. O candelabro que hoje se acende deve permanecer aceso em nós, iluminando-nos para que não sejamos apanhados na escuridão do erro.
Que Nossa Senhora nos conceda uma fagulha de seu amor e devoção, para que possamos permanecer firmes na verdadeira fé e iluminar o mundo com a luz de Cristo. Amém.