Transcrição: Juliano de Henrique Mello ERGO FECIT
Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.
Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo. Para sempre seja louvado.
Em poucos dias, entraremos na Septuagésima e, a partir do domingo, iniciaremos um tempo penitencial que nos preparará, em crescente intensidade, para a purificação da alma.
A via purificativa é uma verdade que não pode ser abandonada nem esquecida, sob o risco de complicarmos nossa situação diante de Deus. Alguns podem até gozar de algum sufrágio devido à sua ignorância, mas não podemos contar com isso. No Céu, aqueles que não acumularam grandes méritos, mesmo depois do purgatório, terão um grau de glória menor. Esse não é apenas um princípio espiritual, mas um chamado ao verdadeiro amor que nos leva a reconhecer o que somos: pequenos diante de Deus.
Podemos estar tão próximos do trono de Deus quanto Ele deseja que estejamos. Os Céus são perfeitos. Contudo, por sua infinita misericórdia, Deus permite que muitos sejam purificados no Purgatório antes de alcançarem a visão beatífica. Mas nós não podemos nos apoiar nessa possibilidade. Nossa situação é gravíssima e exige mais de nós a cada dia. Se não formos resolutos, aumentamos enormemente nosso risco de condenação.
Ao entrarmos na Septuagésima, devemos iniciar um novo esforço contra nossas paixões e más tendências. Talvez o propósito mais urgente de todos seja nos livrarmos de nós mesmos.
Meus filhos, sigam o conselho dos santos, dos oradores, das Escrituras e das grandes graças da nossa fé. Livrem-se de vocês mesmos. Não falhem nessa tarefa.
“Vivo, mas já não sou eu quem vivo, é Cristo que vive em mim.” Esse é o estandarte dos santos.
Entre todas as heresias, a mais pérfida é o protestantismo, que nega a transformação em Cristo, pois nasceu do diálogo. A verdade é que nossa única transformação possível é n’Ele, até que em nós só existam Seu pensar e Seu querer.
A nova religião foi criada para destruir almas. Quem não entende isso é um inimigo. Seu propósito é aniquilar as almas e formar um clero de cadáveres espirituais. É por isso que Fátima precisou ser silenciada.
Não há antídoto contra a nova religião, senão recolhermos nossa fé santíssima e trilharmos com firmeza a via purificativa. É hora de limpar, sem mais desculpas para permanecer refém desse erro.
Os que ainda estão sob a sombra da morte não foram alcançados pela graça de Deus. Mas nós não temos mais essa desculpa. Somos católicos apostólicos, formados na fé, como São Paulo Apóstolo. Somos tão católicos quanto ele. “Se alguém vos pregar outro evangelho, diferente do que vos ensinamos, seja anátema.”
A nova religião disfarçou sua treva de luz e arrastou muitos para o erro. Sem falar no número de bispos que caíram do firmamento da verdade e se espatifaram nas trevas do erro. Os fiéis são guiados por pastores que perderam sua potestade espiritual, mas que ainda ocupam cargos. Isolados num redil de morte, alimentam-se de doutrinas venenosas.
A guerra é enorme. Não se fala contra a Tradição dentro da minha casa. Eu sigo a Tradição. Se insistir, sairá daqui. Muitos tiveram a inteligência destruída e os corações petrificados. Não sabem o que é a Santa Missa.
Já sentei à mesa com o maior tomista do mundo e fiquei impressionado com sua humildade. Mas a nova religião gerou arrogantes, orgulhosos e mentirosos. Um pseudo-clero fantasioso e auto-idólatra, que não percebe a gravidade de sua situação diante do Eterno.
Meus filhos, nesta última quinta-feira antes da Septuagésima, permaneçamos fiéis. O tempo é curto. Não podemos ceder à falsa religião. Guardemos resolutamente a fé católica, apostólica e romana.
Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo. Para sempre seja louvado.